Nos meios espiritualistas, o ego costuma ser visto como um grande vilão a ser incansavelmente combatido. Afinal, ele é quem estaria por trás de uma série de atitudes negativas da nossa personalidade, como vaidade, inveja, arrogância, avareza, entre tantas outras.
Ocorre que na maioria das vezes quem se deixa levar pelo ego não percebe isso. Do contrário, seria relativamente simples identificar nossas atitudes dominadas por ele para então nos livrarmos de sua má influência, transformando-nos rapidamente em pessoas melhores. Mas não é isso que se vê. O ego está tão entranhado em nossa identidade e tão escondido em nossos medos, desejos e hábitos que parece mais fácil escalar o Everest do que livrar-se dele.
Ainda assim, certos hábitos e comportamentos podem nos dar pistas fortes sobre situações onde o ego aflora, tal como: nunca se interessar pelos outros, puxar o foco da conversa sempre para si, colocar-se no pedestal, utilizar com frequência acrônimos ou termos desconhecidos pelo interlocutor para demonstrar que "sabe mais", sentir-se ofendido por qualquer coisa, ter sempre a palavra final, querendo convencer os outros do seu ponto de vista...
Mas e se mesmo com todo este refinamento continuar sendo difícil perceber-se nestas situações dominadas pelo ego?
Certa vez, numa das inúmeras conversas que tive com meu primeiro chefe, fui devidamente apresentado a duas palavras que podem nos ajudar a perceber se estamos em ao menos uma dessas situações. Diga-se de passagem uma situação bastante comum, que é a de querer sempre ser o dono da verdade, impor seu ponto de vista, ou, como se costumava dizer: aquele que "não dá o braço a torcer". Da forma como me foi dito, até hoje não sei se naquele momento o recado era sutilmente dirigido a mim, ou se meu chefe falava genericamente, sem segundas intenções. Não importa. O fato é que a informação ficou gravada em minha mente e até hoje presto atenção na frequência em que pronuncio as palavras: "Tem razão".
Se você não é dono da verdade (e há grandes chances de que não seja!), então deve pronunciar com certa frequência estas duas palavras. Do contrário, tente se lembrar quando foi a última vez que as pronunciou, e daqui pra frente tente prestar atenção quando o fizer. Pode parecer tolice, mas trata-se de uma técnica bastante eficaz, pois são duas palavras muito fáceis de lembrar e que se encaixam perfeitamente em situações onde numa conversa dá-se razão a quem está a sua frente. Quando pronunciadas, também funcionam como uma espécie de gatilho que nos faz lembrar imediatamente de sua importância.
Não sendo os donos da verdade e estando sempre em busca dela, o caminho mais lógico a ser seguido é o de ouvir o próximo, ponderar e não só respeitar, mas também valorizar diferentes pontos de vista. Afinal, quanto mais perspectivas diferentes pudermos abarcar acerca da realidade, mais próximos estaremos de uma verdade maior. Portanto guarde bem estas duas palavras e preste atenção nelas: "tem razão!".
Ocorre que na maioria das vezes quem se deixa levar pelo ego não percebe isso. Do contrário, seria relativamente simples identificar nossas atitudes dominadas por ele para então nos livrarmos de sua má influência, transformando-nos rapidamente em pessoas melhores. Mas não é isso que se vê. O ego está tão entranhado em nossa identidade e tão escondido em nossos medos, desejos e hábitos que parece mais fácil escalar o Everest do que livrar-se dele.
Ainda assim, certos hábitos e comportamentos podem nos dar pistas fortes sobre situações onde o ego aflora, tal como: nunca se interessar pelos outros, puxar o foco da conversa sempre para si, colocar-se no pedestal, utilizar com frequência acrônimos ou termos desconhecidos pelo interlocutor para demonstrar que "sabe mais", sentir-se ofendido por qualquer coisa, ter sempre a palavra final, querendo convencer os outros do seu ponto de vista...
Mas e se mesmo com todo este refinamento continuar sendo difícil perceber-se nestas situações dominadas pelo ego?
Certa vez, numa das inúmeras conversas que tive com meu primeiro chefe, fui devidamente apresentado a duas palavras que podem nos ajudar a perceber se estamos em ao menos uma dessas situações. Diga-se de passagem uma situação bastante comum, que é a de querer sempre ser o dono da verdade, impor seu ponto de vista, ou, como se costumava dizer: aquele que "não dá o braço a torcer". Da forma como me foi dito, até hoje não sei se naquele momento o recado era sutilmente dirigido a mim, ou se meu chefe falava genericamente, sem segundas intenções. Não importa. O fato é que a informação ficou gravada em minha mente e até hoje presto atenção na frequência em que pronuncio as palavras: "Tem razão".
Se você não é dono da verdade (e há grandes chances de que não seja!), então deve pronunciar com certa frequência estas duas palavras. Do contrário, tente se lembrar quando foi a última vez que as pronunciou, e daqui pra frente tente prestar atenção quando o fizer. Pode parecer tolice, mas trata-se de uma técnica bastante eficaz, pois são duas palavras muito fáceis de lembrar e que se encaixam perfeitamente em situações onde numa conversa dá-se razão a quem está a sua frente. Quando pronunciadas, também funcionam como uma espécie de gatilho que nos faz lembrar imediatamente de sua importância.
Não sendo os donos da verdade e estando sempre em busca dela, o caminho mais lógico a ser seguido é o de ouvir o próximo, ponderar e não só respeitar, mas também valorizar diferentes pontos de vista. Afinal, quanto mais perspectivas diferentes pudermos abarcar acerca da realidade, mais próximos estaremos de uma verdade maior. Portanto guarde bem estas duas palavras e preste atenção nelas: "tem razão!".